As mulheres sempre tiveram importância na história da cerveja

//As mulheres sempre tiveram importância na história da cerveja

UNITED STATES – JANUARY 01: End Of Prohibition : Woman On Beer Barrels In 1933 (Photo by Keystone-France/Gamma-Keystone via Getty Images)

 

O setor cervejeiro tem muitos mais motivos para comemorar o Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março.

A cerveja é produzida há pelo menos 10 mil anos, e historicamente, na maioria das vezes, este campo foi dominado pelas mulheres. Na antiga Suméria, tudo que girava em torno do lar, como a limpeza e a preparação de alimentos e bebidas era papel da mulher. Os homens estavam caçando e recolhendo madeira, enquanto a cerveja era feita por elas, em casa.

Além de servirem como fonte de alimento, as cervejas fabricadas pelas mulheres da Suméria eram usadas para cerimônias religiosas. E essas cervejeiras desfrutavam de grande respeito, em parte também por serem vistas como sacerdotisas da reverenciada deusa da cerveja, Ninkasi. Essa reverência pôde ser notada no Hymn to Ninkasi (Hino à Ninkasi), uma espécie de receita de cerveja em forma de música, escrita em uma tábua cuneiforme, por volta de 1800 a.C., que é a mais antiga receita da bebida escrita da história.

Como os seus predecessores, os babilônios mantiveram uma alta estima pelas mulheres, e alguns historiadores dizem que elas podem ter participado de um dos mais antigos negócios do mundo ao vender suas cervejas.

Primeiro conjunto de leis escrito que se tem conhecimento – indicava que as mulheres eram donas das tavernas e vendiam as cervejas produzidas por elas mesmas.Os hieróglifos dessa época descrevem as mulheres fazendo cerveja e bebendo-as através de uma espécie de canudo. Essas cervejeiras desenvolveram esses objetos para atravessar a camada de “espuma” formada na fermentação que flutuava no topo da cerveja nas tinas de barro.

Em um primeiro momento, a fabricação de cervejas também era papel das mulheres nas casas egípcias. Mais à frente na linha do tempo, uma lenda finlandesa conta que uma mulher chamada Kalevatar trouxe cerveja para a terra misturando mel com saliva de urso. E que os verdadeiros Vikings permitiam que apenas as mulheres produzissem a cerveja que alimentava suas conquistas.

Os primeiros europeus do norte adoravam suas deusas de cerveja como o antigo Oriente Médio o fez, e antes do segundo milênio d.C., a maioria das mulheres europeias bebia cerveja.

Das mulheres germânicas que fabricavam cervejarias nas florestas para evitar os invasores romanos até as “alewives” inglesas que mantiveram suas tradições até a Revolução Industrial, as mulheres europeias alimentavam seus maridos e crianças com cervejas de baixo teor alcoólico e ricas em nutrientes, que eram mais potáveis do que a água.

Os conventos alemães proporcionavam um abrigo raro para as mulheres solteiras florescerem como cervejeiras e botanistas. Neste contexto, St. Hildegard de Bingen se destacou e se tornou a primeira pessoa a recomendar publicamente o lúpulo como agente de cura, amargor e preservação; cerca de 500 anos antes da sociedade convencional ter tomado ciência.

Fonte: Rodolfo Bosqueiro / Blog Beer Planet

https://blogthebeerplanet.com.br/mulheres-e-cerveja/

2019-03-08T15:41:43+00:00 08/03/19|